Published: April 6, 2025
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Fui pesquisar sobre o que os especialistas americanos estavam falando das tarifas para tentar entender. Segue um resumo traduzido da explicaçao da @tanvi_ratna que foi a que mais gostei 🧶

As novas tarifas de Trump não são apenas um ajuste comercial, elas são o primeiro passo em um reset total. US$ 9,2 trilhões em dívidas vencem em 2025. A inflação persiste. As alianças estão mudando. Um único anúncio acabou de mudar o mundo.

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Se convertidos em títulos de 10 anos, cada queda de 1 ponto base nas taxas economiza cerca de US$ 1 bilhão por ano; então, uma queda de 0,5% economizaria US$ 500 bilhões em uma década. Juros mais baixos liberam espaço fiscal — sem eles, os gastos essenciais ficam sufocados.

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Como reduzir juros com uma inflação persistente e o Fed cauteloso? Com incertezas Introduzir tarifas, assustar os mercados, leva a uma postura de aversão ao risco. O dinheiro sai das ações e flui para as Treasuries longas esfriando a economia e cortar os custos de dinanciamento

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Mas um refinanciamento barato não é suficiente por si só. Mesmo com taxas mais baixas, a dívida continua enorme. É aí que entra a próxima alavanca: reduzir o déficit. @elonmusk & @DOGE estão cortando US$ 4 bilhões por dia. Nesse ritmo, eles reduziriam US$ 1 trilhão até o final de setembro de 2025 (se não até maio).

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Com essas economias, o grande pilar econômico para cumprir com sucesso o plano 3-3-3 do @SecScottBessent é aumentar o crescimento. As tarifas entram como um gatilho para a retomada industrial doméstica. A ideia é: ao encarecer as importações, você cria espaço para os produtores dos EUA entrarem em cena. Mas aqui está o problema: as fábricas americanas não conseguem aumentar a escala da noite para o dia.

Mas aqui está o problema: as fábricas americanas não conseguem aumentar a escala da noite para o dia. Então, no curto prazo, os consumidores enfrentarão preços mais altos. O governo sabe disso. É por isso que eles estão antecipando a dor agora, apostando que, até 2026, os benefícios estarão visíveis.

Enquanto isso, eles estão oferecendo algum alívio de curto prazo. Cortes de impostos já foram propostos para ajudar a compensar o peso dos custos sobre as famílias. E, embora arriscado, a desvalorização da moeda pode vir depois para tornar as importações mais baratas sem remover as tarifas.

@elonmusk @DOGE @SecScottBessent Não se esqueça: as tarifas também geram receita. Estima-se que elas possam arrecadar mais de 700 milhões de dólares no primeiro ano. Isso, por si só, não muda o jogo, mas dá ao Tesouro um pouco mais de espaço para manobrar — especialmente se combinado com cortes no déficit.

@elonmusk @DOGE @SecScottBessent Ainda assim, essa abordagem não está isenta de riscos. Se as cadeias de suprimentos domésticas não conseguirem acompanhar, ou se houver retaliação global, a inflação pode subir novamente.

@elonmusk @DOGE @SecScottBessent E, se isso acontecer, o Fed pode ser forçado a aumentar as taxas — o que explodiria o plano de rendimentos baixos. É uma corda bamba. Uma crítica comum é: por que impor tarifas antes de construir a capacidade para substituir as importações?

@elonmusk @DOGE @SecScottBessent Mas isso presume que as tarifas sejam o objetivo final. Não são. Elas são o tiro de largada — uma forma de forçar movimento tanto dentro dos EUA quanto ao redor do mundo. Espere muitos acordos bilaterais nos próximos meses.

@elonmusk @DOGE @SecScottBessent As tarifas serão reduzidas para países que oferecerem concessões estratégicas — em comércio, segurança ou política industrial. Aqueles que resistirem? Pagarão custos mais altos até decidirem sentar à mesa.

@elonmusk @DOGE @SecScottBessent A China é o ponto principal. Observadores há tempos argumentam: a China não é um país pobre. É um estado rico e de alta capacidade que inunda os mercados com exportações mantendo sua moeda artificialmente baixa.

As tarifas podem ser usadas para forçar grandes movimentos, como a valorização da moeda pela China. Linhas serão redesenhadas com outros aliados também. A Europa pode ser pressionada a reduzir sua exposição à China ou negociar sobre a Ucrânia. A Índia pode ser forçada a cortar tarifas e se alinhar mais aos EUA. México e Canadá podem enfrentar demandas para reprimir as rotas de tráfico de fentanil.

Na economia dos EUA, haverá vencedores e perdedores claros. Aço, automóveis e têxteis provavelmente se beneficiarão — indústrias que formam a base política de Trump. Mas tecnologia, varejo e construção — setores mais dependentes de importações — podem sofrer um impacto, especialmente em estados-pêndulo.

é o risco político. Se os empregos voltarem rápido o suficiente em estados-chave, e a inflação permanecer sob controle, as tarifas podem parecer uma jogada ousada, mas eficaz. Mas se os preços dispararem e a criação de empregos ficar para trás, a estratégia pode sair pela culatra até novembro de 2026. A perda do assento em Wisconsin foi um alerta. Menos de 18 meses para mostrar resultados para as eleições de meio de mandato. Os eleitores não respondem a estratégias — eles respondem a preços, empregos e narrativas.

Então, aqui está o panorama geral: → Rendimentos mais baixos aliviam o muro da dívida → Cortes de gastos restauram a disciplina fiscal → Tarifas impulsionam o crescimento doméstico → E a geopolítica é reescrita a favor da América É uma disrupção por design — com enormes apostas. Se funcionar, será um sucesso definidor: → Dívida sob controle → Manufatura renascida → Alavancagem global restaurada → Trumpismo vindicado em 2026 Se falhar: → Inflação → Retaliação → Perda nas eleições de meio de mandato → Deriva estratégica 18 meses para descobrir se a aposta deu green.

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